Matéria original da revista SERCRIANÇA,para ler essa matéria e outras clique aqui: SERCRIANÇA
Os desafios são muitos, mas podemos sim manter a postura e enfrentar tudo pelo bem maior que são os filhos...
Família:
“Fundamento básico e universal da sociedade, possibilitando regras de acordo com a cultura” – Essa é a idéia de família na teoria, mas com o mundo moderno é exatamente isso que a família vem representando? Estamos preparados para essas mudanças de comportamento, não se esquecendo de regras, orientações e valores?
É possível uma criação diferente em uma sociedade exigente e com poucas chances de crescimento? Os desafios são muitos, mas podemos sim manter a postura e enfrentar tudo pelo bem maior que são os filhos...
Respeito e violência:
Precisamos ensinar a criança a ter respeito pelo próximo e impor limites, respeite e dê o exemplo! Crianças prestam atenção em tudo, principalmente nos pais e tendem a imitá-los, logo é preciso ter muito cuidado
com o comportamento dentro e fora de casa.
“Na maioria das famílias, a palavra solidariedade não existe”, onde esquecemos esse item importantíssimo? Deixamos de respeitar os amigos, desconhecidos e até a própria família. Estamos focados em nossos prazeres individuais e nada mais... Esse não é algo sadio para deixa de herança aos nossos filhos, precisamos ensiná-los a abrir mão para ajudar o próximo, a cuidar das pessoas e amá-las. Ou será que pretendemos manter uma sociedade injusta que só tem um foco: prazer individual (sem se importar quem precisa eliminar para conseguir.)
Desafio lançado: “Educar os filhos diante de tanta violência!” - Avançando em um mundo digital e voltando no tempo em questões como violência, não deveríamos avançar em todos os assuntos? Nos dias de hoje estamos expondo nossos filhos aos riscos do dia a dia, convívio com pessoas que não conhecemos e liberdade na programação da TV e os pais acabam apenas mostrando a realidade do mundo sem opções de mudar o futuro.
O combate a violência deve começar em casa, educando os filhos, mantendo diálogo e amizade entre pais e filhos. Não deixando de lado os limites! A criança precisa saber até onde pode ir e quais as conseqüências. Precisamos nos unir e combater as desigualdades sociais, justo essa questão que gera tanta violência no mundo está sendo tratada com naturalidade dentro de nossas casas.
"Na maioria das famílias, a palavra solidariedade não existe"
O fim do casamento:
O que fazer quando o amor chega ao fim? Manter o equilíbrio da família é um grande desafio. As famílias modernas esqueceram o que é o casamento “por razões” e baseiam-se apenas no amor, que pode ser transformado em sentimentos negativos com o passar do tempo ao se conhecer melhor a pessoa que está ao seu lado. As pessoas precisam tomar decisões sabias em continuar com um casamento aparentemente sem salvação ou partir para uma vida solteira novamente, essa decisão deve ser tomada após muita conversa e análise. Só quem está vivendo sabe o que é bom ou não, por tanto não deixe que conselhos de algumas pessoas que realmente não entendem ou não querem entender intervenham nas decisões.
Deixar para trás um casamento é sempre algo complicado, principalmente quando o casal tem filhos, a cabecinha dos pequenos fica confusa e estão perdendo ali o porto seguro que o manteve ligado aos pais, isso acontece devido a tantas brigas e palavras que as crianças não deveriam presenciar. Quando o casamento chega ao fim, o ideal seria os pais se afastarem para tomar a decisão, longe da presença das crianças e sem brigas quando os pequenos estiverem por perto, uma decisão de total acordo tomada entre o casal.
Chega a hora de explicar aos filhos: Escolha palavras simples e clara, deixe claro que os pais estão se separando mas que o amor pelos filhos não sofrerá mudanças, afirmar que a criança não tem culpa na decisão e que nada mudará na relação pais e filhos. As crianças poderão ficar assustadas e precisam de respostas, não deixe que nenhuma pergunta fique sem explicação. Em momento algum jogue culpa no ex-parceiro, deixe para o momento de desabafo quando estiver com os amigos.
Tempo para convívio familiar:
Trabalhar o dia inteiro e às vezes ainda fazer hora extra, abrir mão das férias e finais de semana, sacrificar a família por compromissos profissionais... E onde fica o seu compromisso com os filhos? Os pais podem educar os filhos e manter um bom convívio sem deixar de lado a carreira. Por menor que seja o seu tempo com os filhos, esse espaço deve ser de qualidade, atenção e carinho.
Filhos atarefados, pais sem tempo para conversar... O tempo passa rápido e sem perceber os filhos cresceram e suas “culturas” são diferentes das que gostaria de ter ensinado... Em casa cada um está atarefado e isolado em um canto, apenas tratando de assuntos pessoais, tão comum nos dias de hoje. O ideal é que a família enfrente esse estilo de vida e separe algumas horas ou dias na semana para passarem juntos, conversar e se divertirem. “A troca de energia família é o que mantém o laço unido”.
Existem diferenças entre diálogo e monólogo, esqueça a segunda opção pare tudo que esta fazendo e escute com atenção o que o filho tem a dizer, já sabemos que “conversar resolve-se tudo” e esquecemos-nos de aplicar esse método dentro de casa. Em toda conversa devem existir pausas para escutar e entender o ponto de vista da pessoa, antes de começar a responder tenha certeza que entendeu corretamente o que seu filho disse. A falta de dialogo afasta os pais e abrem caminhos para violência e drogas.
Questões financeiras:
A educação financeira deve-se começar em casa, os membros de uma família precisam de apoio e estrutura para manter o dinheiro girando, tornando-se eficientes no uso do mesmo e evitando desperdícios. Ensinar seus filhos a valor que o dinheiro tem, e que devem poupar para o futuro.
Como tratar os assuntos financeiros com os filhos? Desde pequenos é importante mostrar a realidade: Nem tudo podemos ou precisamos comprar! Mostre que gastar muito, fazer dívidas e não controlar o salário são desafios, mas que devemos ter limites para não cair em armadilhas. Ensine a criança a poupar “Se não gastar seu dinheiro com essas besteiras agora, no final do mês poderá comprar algo de maior valor que tanto quer.” As crianças precisam saber fazer escolhas e que isso trás conseqüências, seja qual for à decisão...
Muitos pais se culpam por não terem tempo com os filhos e investem em presentes para compensar a falta, instruindo a criança apenas ao consumo. Os pais precisam frear os presentinhos fora de hora, a criança precisa ter conhecimento de que é preciso a troca do dinheiro por material e que para conseguir dinheiro precisa de muito trabalho (ele não é fácil de ganhar, nós sabemos muito bem disso).
"A família é a mais importante instituição social e o bem mais precioso que alguém pode ter e oferecer.”
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